quarta-feira, 3 de novembro de 2010

DERIVA CONTINENTAL



     Deriva é movimento das massas continentais sobre o substrato litosférico. O padrão de movimento varia em cada caso, mas de forma geral, eles se afastam uns dos outros em consequência do espalhamento do fundo dos oceanos.
Alfred Wegener
     Em 1912, Alfred Wegener, um meteorologista alemão, aos 32 anos de idade, propunha a teoria da deriva continental.
     Esta teoria estabelecia que, há mais ou menos, 200 milhões de anos atrás todas as massas continentais existentes estavam concentradas em um super-continente, que ele denominou de “pangéia”.

A TEORIA DE WEGENER

     Atualmente existem seis continentes. São eles a América, a África, a Ásia, a Oceania, a Europa e a Antártica.
     A teoria de Wegener propunha a existência de uma única massa continental chamada Pangéia, que começou a se dividir a 200 milhões de anos atrás.
     Esta ideia foi complementada na época por Alexander Du Toit, professor sul-africano de geologia, postulando que primeiro a Pangéia se separou em duas grandes massas continentais, Laurásia ao norte e Gondwana no sul, e posteriormente estas duas massas teriam se dividido em unidades menores e constituído os continentes atuais.
Laurásia (norte) e Gondwana (sul)
Animação que mostra o movimento dos continentes até os dias de hoje
     Segundo a teoria da deriva continental, a crosta terrestre é formada por uma série de placas que flutuam numa camada de material rochoso fundido. As junções das placas podem ser visíveis em certas partes do mundo, ou estar submersas no oceano. Quando as placas se movem umas ao encontro das outras, as vezes o resultado desse atrito é sentido sob a forma de um tremor de terra.

PRINCIPAIS EVIDÊNCIAS

     A teoria de Wegener se apoiava especialmente na semelhança entre as linhas da costa da América do Sul e África (já notada por Abraham Ortelius. Nascido em Antuérpia, no dia 2 de abril de 1527, Ortelius foi um cartógrafo e geógrafo flamengo, considerado o criador do primeiro Atlas moderno, o Theatrum Orbis Terrarum.), por evidências fornecidas por estruturas geológicas presentes nos dois continentes e pela distribuição de fósseis e plantas em ambos os continentes.

PROBLEMAS NESTA TEORIA

    A teoria de Wegener explicava bem a distribuição dos fósseis, o ajuste das linhas de costa e as dramáticas mudanças nos climas observadas em ambos os continentes. Explicava também a presença de sedimentos de origem glacial em locais onde hoje temos desertos, como na África.


     A pergunta fundamental que Wegener não conseguiu responder foi a seguinte: “Que tipo de força conseguiria mover tão grandes massas a tão grandes distâncias?”.

A CONTESTAÇÃO DA TEORIA

     A teoria de Wegener foi muito contestada nos anos seguintes à sua morte. O principal ponto negativo apontado foi o fato de que as massas continentais não poderiam se movimentar pelos oceanos da maneira proposta sem se fragmentar inteiramente. Este argumento foi sustentado por Harold Jeffreys, um renomado sismólogo inglês.

     No início da década de 1950, porém, as ideias de Wegener foram retomadas, em face de novas observações e descobertas científicas, ligadas especialmente aos oceanos. Um novo debate surgiu sobre as provocativas ideias de Wegener e suas implicações.

A DERIVA CONTINENTAL REDISCUTIDA

     As principais descobertas científicas que causaram a rediscussão da ideia de mobilidade dos continentes foram:

     1º: A verificação de que o assoalho, o chão do oceano é jovem e apresenta muitas feições fisiográficas, ou seja, devido a saida de mágma das fendas no assoalho oceânico e de seu endurecimento, consequênte do encontro do mesmo em altas temperaturas com temperaturas mais baixas, foi formando cadeias montanhosas que ocasionaram a existência de muitas formas de relevo no fundo oceânico.


     2º: A confirmação das reversões geomagnéticas no passado da Terra: as rochas, principalmente magmáticas, de lava vulcânica registram, sobretudo em seus minerais metálicos, a direção do campo magnético terrestre. Como no fundo do oceano se encontram rochas magmáticas de várias idades pode-se acompanhar, ao estudar, datar as mesmas, a mudança de sentido desse campo magnético terrestre, pois cada uma irá apontar, quando houver mudança, para uma direção diferente da outra.


     3º: O aparecimento da hipótese do assoalho oceânico ter se afastado e consequêntemente causado a reciclagem da crosta oceânica: a teoria que comprovaria que os continentes se moviam, foi a da "Deriva Continental", proposta por Wegener. Mas essa teoria só foi comprovada décadas mais tarde, ao estudar o fundo oceânico. Ao estudar e mapear o fundo oceânico, descobriu-se a existência de fendas e cadeias montanhosas ao redor dessas fendas, com presença de vulcões ativos e inativos. Após o estudo das cadeias montanhosas, descobriu-se que suas rochas eram muito jovens, e só poderiam existir devido a saida recente de mágma das fendas que estão se abrindo no assoalho, chão do oceano. A teoria que trebalha com esse assunto é a da "tectônica das placas".



     4º: A comprovação científica da distribuição de terremotos e vulcanismo ao longo de fendas oceânicas e cadeias de montes submarinos: nas áreas onde estão as fendas das placas tectônicas tem-se, em grande número, a ocorrência de vulcões e terremotos.


A COMPROVAÇÃO DA TEORIA DA DERIVA CONTINENTAL

      A teoria da deriva continental só foi comprovada décadas depois de sua publicação.
      Após a rediscussão desta teoria e o estudo do fundo oceânico ficou comprovado o que Alfred Wegener ja havia proposto antes na teoria da "Deriva Continental".

REFERÊNCIAS 




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